Traços frios, linhas a_libidinosas,
Vale de ossos seco, impossível ressurgir,
Idéias no deserto ao meio dia, sem sol e calor,
Desafiante tese a busca de excitação,
Mente veloz qual cervo longe de águas,
A se esconder em águas profundas e distantes,
Refúgio certo dos canídeos dos acéticos intelectuais,
Cientistas desconhecedores da causa primeira,
Sem saber que o saber insabido é ocultado aos doutos,
Aos incautos indoutos o mistério é revelado na humildade,
Descobrir o impossível, será possível na dúvida
crédula,
Na indagação incerta da certeza de encontrar nas
entrelinhas do inconsciente,
Na pesquisa perseverante, não dos gigantes mais dos
loucos,
Incompreendidos pelo saber, que embaraça os sábios,
Mas não erram o caminho e tão pouco se importam com o
outro,
Vivem nos níveis das alucinações e de lá conjecturam
suas investigações,
O certo às vezes é ser louco e louco pela sapiência
dos que sabem pensar,
Que nos mistérios
a descobrir vivem nas trevas que os iluminam,
Para que de lá surjam os primeiros raios da cegueira à
luz do sol,
E assim a gênese se dá, e um novo tudo outra vez vive
o acontecer,
Recriando a partir do que já existe - o barro forma
informe – O HOMEM...
Obs. Este
poema foi desenhado quando estava vivendo dias de
angústia e apavoramento
acadêmico, pois tinha que investigar ‘algo’,
enfrentando resistências ante o
que não conseguia entender.
2807061447
– Montevidéu – Uy.
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